Não existe nada pior nesse mundo, se tratando de comportamento social, que a maledicência. Não falo de “pecado”, mas de convívio. É uma coisa horrorosa, nojenta, danada em todos os sentidos. A língua é mais letal que qualquer arma. Ela pode causar feridas num lugar onde nenhuma outra pode. (Na alma humana)
Não é de hoje que convivemos com línguas afiadas como navalha a todo o momento. Hoje a maledicência perdeu sua acentuação pecaminosa e assumiu uma síntese de naturalidade.
Se contra língua não se pode lutar, se não é possível mudar essa prática, se temos que viver num mundo onde as línguas podem matar quem quer que ela queira, como poderemos lutar contra isso? Como poderemos viver com isso e não sermos atingidos?
Existe uma frase na língua portuguesa que pra mim é a resposta pra essas perguntas.
FODA-SE!
QUE PALAVREADO CHULO SANDRO
Aposto uma grana agora que quem falou isso foi um crente. (rsrs)
Vamos começar determinando critérios de avaliação aqui. O uso da expressão (FODA-SE!) está sendo usado como tema de análise não como prática e ação. (FODA-SE!) é apenas uma expressão e como tal está sendo analisada. A reação gerada por essa frase tem efeitos milagrosos no campo do comportamento e é disso que quero tratar aqui.
Quando alguém com uma necessidade perversa, dotada de toda maldade usa sua língua nojenta pra denegrir, comprometer, humilhar e pisar nossa imagem perante a sociedade, essa frase quando aplicada (não na ação, mas na atitude), pode ser a resposta de tudo que você precisa pra se tornar impenetrável por esses ataques.
O (FODA-SE!) corresponde a uma idéia de liberdade existencial. Esquece o “palavrão” compreenda o significado. Não o literal, mas o que se é proposto. Quando eu digo dentro de mim (FODA-SE!), estou assumindo que tudo que se diz a meu respeito não passa de nada.
Ou seja, assumo a responsabilidade de ser maior que as críticas, maior que a agressão verbal, maior que qualquer coisa que venha no ínterim de me destruir psicologicamente, emocionalmente e espiritualmente.
Eu acredito que somos mais responsáveis por nos magoarmos com os que os outros dizem a nosso respeito do que quem tentou nos magoar. Cabe a nós não dar idéia a esse tipo de pessoa que de antemão não merece nosso crédito. Dar idéia pra isso é baixar o nível do amor próprio.
Se dentro de você não houver uma concretização emocional firmada nas suas convicções com respeito a você mesmo, não passará de uma tábua de tiro ao alvo, onde qualquer ataque, certeiro ou de raspão vai te derrubar facilmente.
Essas coisas devem entrar num ouvido e sair pelo mesmo, não dando folga assim pra que caso entre num e saia pelo outro nos contamine no caminho.
Assim, entender o (FODA-SE!) na idéia por ele proposta não na idéia maledicente pretendida é entender o caminho da liberdade existencial. Viver debaixo da idéia que os outros fazem ao meu respeito é patético. Já disse isso aqui e repetirei sempre, você e só você é responsável pela sua vida. Seu sucesso ou fracasso só depende de você e mais ninguém. Viver na liberdade de ser quem se é caberá a você decidir, ou sempre serás subjugado a formatação dos outros tornando-se um fantoche social.
Quando entendo o (FODA-SE!), não como palavreado chulo, mas como símbolo de desleixo ao conceito dos outros ao meu respeito, entendo também o quanto posso ser livre pra viver e retirar da vida o que pode acrescentar em mim algo bom e não o que de mim querem tirar.
As críticas são uma benção quando você está apto pra recebe-las. Cabe a você decidir o que é bom ou não. Sábio é o homem que aceita as correções e aprende com elas. Nunca despreze isso, pois tal comportamento é sintoma de imaturidade e a imaturidade age como “Kriptonita” em um homem sensato. Enfraquece sua compreenção da vida obscurecendo o entendimento da mesma.
Não importa o que falam de você. Importa como você reage a esses comentários. Importa se você cresce com eles ou se definha.
Pense nisso, se for capaz de ver no (FODA-SE) algo mais que um palavreado chulo.
Alexsandro Monteiro